sábado, 2 de outubro de 2010
Paixão e temor!
Penetro inconscientemente no seu consciente.
Aos poucos vai cedendo aos meus desejos.
Sem perceber, o constrangimento toma conta do seu ser.
Sem falar um "A", arranco as palavras mais doces de sua boca.
Também consigo fazer você falar coisas horríveis.
Não tenho hora, nem lugar para aparecer.
Posso destruir seu bom senso, equilíbrio e auto-controle.
Sei fazer você se sentir o pior ser deste planeta.
Quando quer ser superior a alguém, minha presença é infalível.
Muitas vezes sou criticado; poucas vezes sou bem recebido.
A pergunta, afinal, que não quer se calar: quem sou eu?
Sou o temor e a paixão de todo ser humano: o silêncio.
Eduardo Pessoa
Não chores por mim
domingo, 12 de setembro de 2010
Rumo ao infinito!
Aproveito que a luta que travo com o sono ainda não terminou para registrar meu desabafo. O desabafo não é para relembrar que em outros tempos a vida era melhor ou "menos pior" que hoje. Cada geração tem seu tempo e temos que aprender a conviver com isso.
Mas para a geração atual, torna-se insustentável viver e conviver com a hipocrisia e a violência da cidade. E quem vive bem sendo diariamente violentado?
Violência que vai do acidente de trânsito ao uso de armas de fogo. Apelar para Deus em busca de paz é tapar o sol com a peneira. Deus faz milagre, mas ele não pode ser culpado da ira dos homens.
"Até quando?" - Essa é a pergunta que não se cala dentro do meu peito. Um peito novo, mas que está caleijado de perder entes queridos, amigos e pessoas especiais. Até quando irei aguentar esse peso?
A impotência com que nos sentimos diante dessa situação é enorme. A perda de alguém nos deixa sem palavras, silenciosos e reflexivos. Os sonhos não morrem, mas mudamos nossas prioridades. Prometemos ver e visitar mais as pessoas que ficaram nessa terra chorando a ausência de quem se foi, mas logo a rotina nos engole novamente.
Como diz o Parteum na música que citei antes: "Viver de vez em quando é se afogar numa piscina vazia". A água é fonte da vida, assim como amar, viver e fazer amigos é a fonte para nosso bom relacionamento em sociedade. Sociedade esta que nos joga diariamente numa piscina vazia, sem sentido. Afinal, para que estamos aqui mesmo?
Filosofias a parte, alguém já reparou que as notícias ruins chegam, geralmente, por telefone? As cartas e o contato social davam a possibilidade de desabafo imediato; o telefone nos estereliza.
Eduardo Pessoa
domingo, 9 de maio de 2010
Feliz Dia das Mães!
Logo, dar a luz era um poder que a mulher possuia em relação ao homem. O que fazer então? Criar Deuses masculinos, para legitimar o poder do homem sobre a mulher. Mas ela não desistiu: queria seu espaço na sociedade.
As mulheres foram para as trincheiras, enfrentaram generais e poderosos, em nome do instinto de ser mulher e algumas de serem mães. O que fez o homem? Escreveu em seus livros de História somente o triunfo dos poderosos, mas sem incluir as mulheres.
Ainda assim elas não se calaram. Enfrentaram o regime militar, as torturas e humilhações para proteger seus filhos e filhas. Acreditaram no futuro de seu país.
Hoje as mulheres dominam o mercado de trabalho, mas não abdicaram do maior sonho que é de ser mãe. As mulheres não viram mães; elas já nascem mães.
Sem mais delongas, deixo vocês com uma música que reflete bem esse espírito guerreiro e batalhador das mães de todo o Brasil. E já que estamos falando de Rock, uma frase da banda Charlie Brown Jr. define bem a força das mulheres: "O que ela aguenta sorrindo, você não aguenta nem gritando". O dia é de vocês: Feliz Dia das Mães!
Música: Tango
Autor: Dead Fish
Vídeo: MTV Apresenta
Letra:
Foi difícil entender,
impossível de acreditar,
uma vida devotada
embasada em sobreviver.
Mais que qualquer ideal
sobressai o teu amor,
não há ruas, partidos e regras para me deter.
Mais que uma instituição feita para deformar,
liberdade e emoção me permitiram sonhar.
Tu és a vida real,
e sempre esteve de pé,
nunca reclamou da batalha que é criar.
Sociedade e discriminação,
cabeça erguida a enfrentar,
nenhum patriarcado ou família te fizeram calar.
Não há nada a provar,
eu já posso entender.
O que pode ser mais rebelde depois de você?
Forte, viva e a sorrir
sua vitória deve insultar a todos que preferem te ver a chorar.
Acredite aprendi demais,
seu silêncio constrangedor.
Liberdade é muito mais que palavras a dizer.
Gostaria de agradecer,
espero um dia retribuir,
coração do meu céu, por favor, seja feliz!
Agora vem a tua vez!
Usufrua do teu amor,
sua prole sobreviveu
e só resta agradecer...
Bernadetes, Rosas, Marisas, Izauras,
Valescas, Elianas e Martas,
Mulheres Fortes
Que sobreviveram
Eduardo Pessoa
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Sou do tempo...
E quem era DonDon?
No começo do século XX, mais exatamente em 1909 (9/11), nascia o Andaraí Atlético Clube (ou Andarahy Atletic Club). O time, além das fracas atuações, se destacou por ser um clube formado por operários da época. Além disso, era um dos poucos que admitiam negros em suas fileiras. O departamento profissional do Andaraí não sobreviveu muito tempo. Durou até 1938. Enquanto clube social, teve uma sobrevida de 25 anos, vindo a fechar em 1973.
E onde entra DonDon nisso tudo?
DonDon brilhou pelo Andaraí nos anos 30 do século passado. Jogava no time como zagueiro e foi para ele que Nei Lopes fez a composição. DonDon para o "Andára" é equivalente a Lúcio para a Seleção Brasileira: uma estrela.
O que mudou?
A letra de Nei Lopes, cantada na voz jovial e malandra de Zeca Pagodinho já dava seu ar de saudade:
"No tempo que Dondon jogava no Andaraí / Nossa vida era mais simples de viver / Não tinha tanto miserê, nem tinha tanto tititi..."
De lá para cá muita coisa mudou e o Brasil melhorou seus indicadores sociais. Nos dias atuais, o Brasil é mais do que somente futebol, carnaval e samba. Ganhou destaque internacional por sua atuação na economia. Um dos poucos - senão o único - países que saiu fortalecido da crise econômica de 2008. Com o avanço tecnológico, a linguagem também sofreu mudanças. Tem a língua da internet, dos blogs, do economês, entre outros... O que será que mudou do "Tempo de DonDon" para cá?
- Propaganda era reclame e ambulância era dona assistência - Atualmente a ambulância se chama Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ou simplesmente SAMU. Foi concebido em 1986, na França. No Brasil, foi concebido em 2003, como parte da Política Nacional de Atenção às Urgência.
Quanto ao termo "propaganda", continua sendo usado para designar anúncios publicitários.
- Mancada era um baita vexame e pornografia era só saliência - Nem vexame, nem mancada. Hoje em dia se "paga mico". A origem da expressão vem do jogo de cartas infantil, "Mico Preto", em que todas as cartas tem par (macho e fêmea), exceto o mico. O jogo acaba quando todos os pares se formam e quem pegar a carta do "mico" perde. Daí a expressão "pagar mico".
A pornografia continua atual nas páginas dos jornais, principalmente nos cadernos policiais. Mas atualmente se usa orgia e bacanal para designar a (nada) inocente pornografia.
- Malandro esticava o cabelo, mulher fazia misampli, xiii... - Hoje em dia não só os "malandros", mas uma boa parcela de jovens fazem moicanos - os mais rebeldes - ou usam cabelos mais caídos, como a estrela teen Justin Bieber
A tecnologia chegou para beneficiar as mulheres. A misampli (ou mise en plis, em Francês) nada mais era do que os cabelos presos por Bobs e em alguns casos, uma touca. Quem não se lembra de Dona Florinda, personagem do seriado "Chaves? Hoje, entretanto, as mulheres contam com chapinhas, permanentes, progressivas e até apliques, que são cabelos colados no cabelo, para dar mais "volume" e deixar o cabelo com madeixas mais longas.
DonDon jogando? Não vi! Pelé fazendo seu milésimo gol? Também não, mas vi e vejo a mudança na linguagem diariamente. A internet facilitou o processo. Uma pena que um grupo de estudiosos da lingua portuguesa abomine as mudanças que acontecem diariamente. Querem uma língua "pura" e "imutável".
Como a inquisição que queimou Giordano Bruno, por acreditar na existência de um sistema "infinito", os linguistas também "queimam" na fogueira aqueles que acham que uma língua não deve atender às mudanças socioeconômicas e se adequar a determinados contextos. Nesse quesito, tenho que concordar: no tempo de DonDon, "Não tinha tanto miserê, nem tinha tanto tititi".
Eduardo Pessoa
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Salve Jorge!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Casamento engorda?
Dois primeiros anos: perigo?
Embora a pesquisa feita nos EUA aponte que o principal perigo está nos dois primeiros anos de casamento, o médico Amaury Mendes Jr., especialista em terapia sexual, afirma que neste período, os casais estão mais apaixonados e têm relações sexuais com mais frequência. O cérebro humano e o corpo produzem substâncias que dão a sensação de prazer, saciedade e sono. A dopamina, substância produzida pelo cérebro, dá ao casal a sensação de saciedade. É como se não sentisse fome. A octocina, produzida durante o orgasmo, contribui para dar aquela sensação de completude e de fidelidade, o que ajuda a agregar valor ao relacionamento.
Amor e saúde
Para ter uma vida a dois cheia de amor, sem perder o cuidado com a saúde, algumas dicas são úteis. São elas:
- Evitar abastecer a casa com alimentos calóricos;
- Se comer fora, escolher restaurantes saudáveis;
- Em casa, preparar pratos com menos calorias;
- Incentivando o parceiro(a) a fazer atividades físicas;
- Buscando outras formas de lazer e hobby, que não seja comer;
- Ao fazer compras, evitar ir com fome, pois o casal pode comprar coisas desnecessárias;
- Estabelecer horários para as refeições, e evitar "beliscar" alguma coisa fora do horário;
Outro elemento que contribui para a perda de peso é não deixar que a paixão entre os dois se acabe, o que reflete diretamente na saúde do casal. Um beijo de língua, por exemplo, consome 30 calorias. Uma relação sexual de 30 minutos queima aproximadamente 200 calorias, o equivalente a uma corrida de 1,5km ou uma meia hora de uma partida de tênis.
Os perigos para um período de "engorda" no casamento são grandes, porém, com cumplicidade e dedicação, é possível ter um relacionamento com muito amor e saúde. As dicas estão aí.
Mãos à obra?
Eduardo Pessoa